sexta-feira, 20 de maio de 2011

Quase


Ainda pior que a convicção do n e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase, é o quase que me incomoda, que me intristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e n foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou ainda n amou.. basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no quase. Eu me pergunto, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna ou melhor n me pergunto, contesto, a resposta eu sei de cór está estampada na distância e frieza dos sorriso, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos 'bons dias', quase que sussurrados, sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amr enlouquece, o desejo trai, talvez, esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas n são, se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar n teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza, o nada n ilumina, n inspira, n aflige e nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. N é que a fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que n podem ser mudadas resta-nos somente ter paciência, porém preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer, para os erros há perdão, para os fracassos, há chance, para os amores impossíveis, há tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma, um romance cujo fim é instantâneo ou indolor n é romance de verdade.. n deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar, desconfie do destino e acredite em você acima de tudo. Gaste mais horas realizando do que sonhando, fazendo do que planejando, vivendo do que esperando, porq embora quem quase morre esteja vivio, quem quase vive já morreu.

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